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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

MÔNICA GOMES

(BRASIL -RIO DE JANEIRO)

 

É Pedagoga, doutoranda nascida no Rio de Janeiro,
filha de Gercina e neta de Guilhermina.
Uma mulher preta que tem encontrado nos escritos poéticos uma forma de registrar seus olhares sobre as suas vivências e as do entorno.
Transcreve os sentidos de estar suave, profunda ou cética.


Rosas Para Marielle
contos, crônicas e poemas
Seleção e organização PLÍNIO CAMILLO. Co-organização
MIRIAM CASTRO.  Apresentação ANELITO DE OLIVEIRA.
Edição Anelito de Oliveira. Design Augusto de Oliveira. Imagem da capa: Yasmine Evaristo/Imagem, tracing e pintura.  Belo Horizonte – MG: Inmensa Editorial, 2024.
56 p. 
Inclui textos e poemas de Ana Gilda Leocadio, Ana Paula Campos, Benedita Lopes, Caroline Paixão, Cristiane Sobral, Débora Medeiros de Andrade, Diogo Nogue, Fabiana Nasimento, Felix Ventura, Ife Rosa OADQ, Ilma Fátima de Jesus, Irani Ribeiro, Júlio Emílio Braz, Leandro Passos, Luana Levy, Luiza Owhoka, Miriam Vieira,                                                                     Miriam Castro, Mônica Gomes, Negro Du, Neide Lopes, Pedro Machado, Plíonio Camillo, Roberta Borges, Rogério Adriano Silvestre, Sérgio Alves, Sérgio Rosa, Shirley Maia, Sued Fernandes  e  Tatiane Cristina Joaquim de Lima

 

DAS ROSAS SEMENTES

Espinhosa não sou,
Mas me faço ao sabor
Um dia voando sem pólen
Me plantei com esplendor,
E daí por diante...
Me reconhecem onde vou.

Despercebida não passo,
Meu cheiro é tão forte
Que me faço presente
Ainda que não estou

As sementes que deixo são sábias,
Crescem afrontosas
E por ali todos sabem
Quem foi que plantou.

E mamãe, tão sábia...
Me acolhe em seus ventos
E assopra ninando uma canção de amor
E então sigo seus sopros...
Me espalhando
em negras sementes
Que se fertilizam em pomares
E campos de rosas

Com as peculiaridades da gente
Me deixo onde vou
De rosas a sementes,
Me refaço
Deixando onde passo,
A cada um seu pedaço
De espinho
ou de flor

Não subestime o poder de uma Rosa
São presenças que marcam...
Nos sorridos
ou na dor

De tão forte uma delas,
Ao ser arrancada
Foi ao céu e de lá nos guiou

Se manteve frondosa
No pomar constelado,
Virou Rosa Estrelada

É para ela que hoje,
Em nossas vestes mais belas,
Reverenciamos em pétalas
E lhe declaramos amor
Rosas, rosas, rosas para Marielle

 

*
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Página publicada em setembro de 2024

 


 

 

 
 
 
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